Blastocystis hominis
O ciclo de vida do Blastocystis hominis ainda
é alvo de discussão, mas acredita-se que ele alcance o meio exterior através
das fezes de indivíduos e animais parasitados e a partir daí se propague para
os diversos hospedeiros. Possivelmente a infecção por este parasita ocorre por
via fecal-oral, através dos alimentos e águas contaminadas. Quando ingerido,
aloja-se no intestino grosso, e é dúbio o seu potencial patogénico. Em alguns
casos a infecção será sintomática, enquanto noutros é assintomática. Os
principais sintomas relatados são diarreia, cólica, desconforto abdominal,
náuseas e vômitos, que podem persistir por semanas ou meses, se não houver
tratamento (METRONIDAZOL).
Já foi demonstrada a associação de sintomas com a infecção por este parasita, principalmente em indivíduos imunocomprometidos e transplantados bem como no síndrome do colón irritável.
A forma clássica encontrada nas fezes humanas é
o cisto, que pode variar no tamanho entre 5-32
μm. Supõe-se que o cisto de parede espessa presente nas fezes seja
o responsável pela transmissão externa,
possivelmente por via fecal-oral através da ingestão de água ou alimentos
contaminados. Os cistos infetam células epiteliais do trato digestivo e
multiplicam-se assexuadamente. As formas vacuolares do parasita dão origem às
multi-vacuolares e às formas amebóides. O multi-vacuolar desenvolve-se em um
pré-cisto que dá origem a um cisto de parede espessa considerado responsável
pela auto-infeção. A forma amebóide dá origem a um pré-cisto que se desenvolve
em cisto de parede espessa por esquizogonia. O cisto de parede espessa é
excretado nas fezes.
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